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Comissão Parlamentar de Ética rejeitou analisar o caso do deputado
Ricardo Rodrigues, ao ter
furtado os gravadores aos jornalistas do semanário “Sábado”, a pedido pelo
Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas. Esta decisão tomada pelo órgão parlamentar, suscitou duras críticas da bancada social-democrata, que a par do CDS, foram os partidos que votaram contra.
Durante a reunião decorrida esta manhã, os deputados do PS, BE e PCP entenderam que a comissão parlamentar não tem competências para analisar o caso, tratando-se de um comportamento pessoal e não político. Isto pressupõe-se que o assunto jamais será discutido no parlamento.
Esta decisão foi contestada pelo PSD que entende que o parlamento tem a obrigação de discutir o problema, visto que se trata de questões relacionadas com os estatutos dos deputados.
Fernando Negrão, deputado PSD, mostrou-se “revoltado e inconformado” com o parecer do parlamento e anunciou que irá avançar com um diploma legislativo, com a criação de um Conselho de Ética e Conduta, cujos membros serão personalidades independentes ou ex-provedores de justiça, que ficaram encarregados de analisar assuntos relacionados com o exercício das funções dos deputados.
Esta proposta, que já
foi apresentada pelo PSD em 2006, foi rejeitada pela maioria socialista na altura, mas os sociais-democratas admitem que desta vez se venha a formar uma nova maioria que aprove a criação do Conselho.
por:
Henrique Silva e
Ana Sarmento