quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Queiroz e o ensino

Por: Henrique Daniel Silva

«Já estou a imaginar o Ronaldo, rodeado de ronaldetes, a pisar o solo Africano e ser abordado por um jornalista: - “Ronaldo, quem é o melhor do mundo?" Então ele respondia, mas desta vez com humildade - "Sou eu, depois o Tarzan e a seguir sou eu outra vez”.»

Após a fatídica goleada da nossa selecção diante do Brasil, Carlos Queiroz expressou o que sentia de uma forma algo bizarra: “ já sei quem não vai para a selva comigo”. Desta feita, para demonstrar o seu desagrado pela exibição pouco convincente dos seus pupilos.

Em primeiro lugar, quero felicitar o professor Queiroz pela metáfora, sem ela, era para mim impossível de… vá lá… “achincalhar” um pouco este assunto, visto que já está na moda.

De certo que todos se aperceberam que o nosso Queiroz, de professor não tem rigorosamente nada, pois os resultados estão à vista, e não basta mencionar o humilhante 6-2 no Brasil, recuamos mais um jogo, o empate com a Albânia. Sim caros amigos, e até considero muito simpática essa derrota com os “canarinos”, já que estamos no mesmo nível da Albânia, tínhamos condições para sofrer mais meia dúzia! No entanto, se vir-mos este assunto por outro prisma, o Scolari não fez melhor do que o Professor, ambos marcaram dois golos ao Brasil, a única diferença é que o Queiroz levou seis! Enfim, pormenores que não interessam a ninguém.

Os brasileiros só não quiseram marcar mais por pena. Ou então tencionaram retribuir da mesma forma a bondade que o Padre António Vieira teve para com os índios da Amazónia. Muita compaixão tem este país “irmão”, aplaudo!

Questiono-me se na verdade o método de ensino do Queiroz já esteja completamente ultrapassado. Certamente, não lhe faria nada mal uma avaliação, para seguir o exemplo dos outros professores portugueses, de certo que o Madaíl ajudaria com a papelada. A ministra agradece. A FENPROF e o respectivo sindicato até devem estar incomodados com o “prof” Queiroz. O seu mau desempenho no comando técnico só leva a que a Ministra da Educação encontre medidas drásticas para melhorar o ensino em Portugal. É suspeito esta fraca produtividade da selecção de todos nós, e daqui a nada, o Queiroz ainda é acusado de ter uma licenciatura à “Sócrates”.

Diz-se que é feio apontar o dedo, e Queiroz fê-lo ao culpar os jogadores pelo desaire no Brasil. Francamente Queiroz, teria mais sentido se dissesses que os jogadores são limitados mentalmente ou que precisam de um regime de “ensino especial”. Temos um exemplo, o Bruno Alves ainda não distinguiu o futebol do pugilismo.

Em terceiro lugar. Não vejo de que modo a atitude autoritária do “Stôr” seja benéfica para os jogadores. Nesse caso lanço um repto : O Pepe , após ter efectuado um treino pelos merengues depois de uma paragem de um mês devido a lesão, jogou os 90 minutos pela selecção por sua livre vontade ou será que teve interferências de terceiros? A última vez que se falou das influências de terceiros no futebol deu “bronca”, um tal senhor até teve a honra de ser escoltado por adeptos e simpatizantes de um clube do Norte à saída do tribunal. Se a inclusão do Pepe teve ou não uma mãozinha do Queiroz, o que é certo é que o central luso-brasileiro veio a público dizer que está “arrependido por jogar por Portugal”. Pudera, se eu soubesse que ia ser “cilindrado” por seis, eu não estaria com arrependimento mas sim com vergonha de sair de casa.

A frase da “viagem à selva” do Queiroz foi encorajador para os futebolistas da selecção? Deixo ao vosso critério. Mas quem ficou realmente empolgado com a frase do seleccionador, foi Cristiano Ronaldo. Já estou a imagina-lo, rodeado de ronaldetes, a pisar o solo Africano e ser abordado por um jornalista: - “Ronaldo, quem é o melhor do mundo?" Então ele respondia, mas desta vez com humildade - "Sou eu, depois o Tarzan e a seguir sou eu outra vez”.

11/2008 in Vila Real Sport

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